O liquidâmbar é uma árvore monóica, decídua e muito ornamental, nativa dos Estados Unidos e de regiões montanhosas do México e América Central. O nome liquidâmbar se refere à seiva da planta, que é de cor âmbar (marrom-claro), resinosa e doce, e exsuda em abundância quando o tronco ou os ramos são feridos. Apresenta fuste único, com copa cônica a piramidal e grande porte, chegando a atingir entre 20 e 30 metros de altura. Uma característica distintiva desta árvore é o aspecto peculiar de seus ramos e galhos. A casca acumula-se sobre estes em placas nas pontas ao invés de lateralmente, formando estranhas formas. Suas folhas são brilhantes, longo pedunculadas, aromáticas, alternas, com margens denteadas. Elas são profundamente lobadas, formando 5 a 7 pontas, o que lhes confere o aspecto estrelado. Durante a primavera e verão as folhas tem a cor verde-escura, mas no outono elas atingem diferentes tonalidades de verde claro, amarelo, laranja e vermelho, muitas vezes de forma simultânea. Na primavera surgem as inflorescências, esféricas, amarelas e de pouca importância ornamental. Elas são seguidas pelos frutos, também globosos, recobertos por espinhos e lenhosos quando maduros. Cada fruto é composto, formado por até 40 cápsulas, com uma a duas sementes cada. Há muitas variedades de liquidambar, entre estas podemos citar ‘Slender Silhouette’, de crescimento colunar, ‘Gumball’, de porte arbustivo – não ultrapassando 6 metros de altura, ‘Rotundifolia’, com as pontas das folhas arredondadas, lembrando as folhas de figueira, e ‘Variegata’, com folhas manchadas de creme ou amarelo.
O liquidambar é uma árvore interessante para o paisagismo em grandes áreas, como parques, praças e avenidas nas regiões sul e sudeste do Brasil, com clima subtropical a temperado. Ela confere um visual com “ares alpinos”, e por isso é cada vez mais utilizada em regiões serranas, com vocação turística, juntamente com carvalhos, álamos, ácers e plátanos. Plante em linhas, formando alamedas ou em grupos, para um efeito impactante. Mesmo plantado isolado, o liquidambar torna-se o foco de atenção durante o outono, com sua grande variedade de cores. As árvores despidas no inverno já acrescentam um efeito mais dramático, e permitem a passagem da luz solar. Os numerosos frutos produzidos podem ser bastante inconvenientes quando caem, pois além da sujeira, os espinhos machucam a quem andar descalço sobre o gramado. Em regiões tropicais pode se tornar perenifólia, fornecendo sombra farta, mas sem as variações de cores e queda das folhas características das estações frias.
O crescimento inicial é lento, mas logo que atinge cerca de três anos torna-se rápido. É muito longeva, vivendo por mais de 400 anos. Sua madeira é de boa qualidade, com densidade e textura média, cor escura e fácil de ser trabalhada. Ela é largamente explorada em plantio comerciais. Serve para o fabrico de móveis, caixotes, dormentes, extração de celulose e laminação de chapas compensadas. A sua seiva concentrada é uma goma balsâmica e perfumada, utilizada na produção de perfumes, medicamentos e produtos de higiene.
Deve ser cultivado sob sol pleno, preferencialmente em solos areno-argilosos, neutros, úmidos porém drenáveis, para um pleno desenvolvimento radicular. No entanto, o liquidâmbar vegeta também em outros tipos de solo. A necessidade hídrica da planta é alta e é importante irrigar nos primeiros anos após o plantio. Depois de bem estabelecida é capaz de tolerar curtos períodos de estiagem. Resiste ao frio intenso, neves e geadas. Multiplica-se por alporques e por sementes. Ao efetuar o transplante das mudas para o local definitivo, abrir covas amplas e fertilizá-las bem com esterco curtido e farinha de ossos.