De origem asiática, o caqui é uma fruta com fãs em todo o mundo, especialmente no Brasil. Conhecido pela semelhança com a maçã e o tomate, já que mesmo com variados tipos também apresenta formato redondo e coloração vermelha, o alimento carrega alto teor de nutrientes que podem ser benéficos à saúde. Que tal saber mais sobre ele?
Introdução no Brasil no século 19
O caqui teve sua origem a partir do nascimento do caquizeiro em territórios da China e Japão. Inclusive, é por causa da imigração japonesa no Brasil que o nomeamos de “japonês kaki”, uma vez que a denominação original “Diospyrus kaki” não conquistou simpatizantes em solo tupiniquim.
Tendo como significado do nome em grego “chama de Zeus”, o caqui é uma fruta que obteve sucesso no país graças à sua facilidade de adaptação ao clima tropical. Seu primeiro plantio aconteceu em meados dos anos de 1890 sob condições ideais de cultivo nas regiões sul e sudeste. Vale saber que, atualmente, o estado de São Paulo figura como o maior produtor do alimento no Brasil.
Tipos da fruta, características e consumo
O caqui é uma fruta que conta com diversos tipos para consumo. Alguns dos mais conhecidos são o Café ou Sileide (cor alaranjada, polpa mais firme e resistente, sabor equilibrado), Chocolate ou Giombo (cor alaranjada, polpa escura e crocante, sabor adocicado), Fuyu (cor alaranjada, polpa consistente e sabor mais doce), Rama Forte (cor vermelha, polpa mole e sabor doce) e Taubaté (cor vermelha, polpa gelatinosa e sabor adocicado).
Embora exista uma grande variedade de caquis à disposição, é importante saber que, na hora de escolher as unidades no supermercado, a opção seja por aquelas que estejam com aparência sem machucados, consistência firme e cor homogênea. Além disso, quando for guardá-las em casa, invista em locais frescos ou a própria geladeira.
Lembre-se também de higienizar bem o caqui antes do armazenamento, lavando com água corrente e esfregando sutilmente com as mãos. Para uma limpeza mais profunda e eficaz, é válido imergi-lo em uma solução de 1 litro de água com 15mL de hipoclorito de sódio (água sanitária) por cerca de 15 minutos, e depois enxaguar com água potável.
Acrescentando o caqui no cardápio
Outras características marcantes do caqui são sua casca fina e delicada, a grande quantidade de água que carrega e o alto valor nutricional.
Portanto, para que seu organismo possa aproveitar todos os nutrientes contidos na fruta, é recomendado o consumo fresco e imediato após o corte, com ou sem casca, e com ela in natura (crua) – embora também possa ser ingerida em bebidas, como sucos, e ainda desidratada ou cozida, como em receitas salgadas e doces.
Vale saber que os tipos de caqui com polpa mole e gelatinosa pedem um consumo enquanto estão maduros. Essa recomendação é feita porque na composição da fruta há taninos, que nada mais são do que substâncias responsáveis pela sensação adstringente e que “amarra” a boca, se destacando quando a fruta está mais verde.
Nutrientes e benefícios para o organismo
O caqui é um alimento que contém nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo, como betacaroteno, licopeno, frutose, taninos, fibras, proteínas, vitaminas C, A, E e do complexo B, e sais minerais, como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, manganês, potássio e zinco.
Por isso, com a orientação de um nutricionista, e em uma dieta equilibrada e com hábitos saudáveis, ele pode:
- Melhorar a defesa do organismo contra inflamações resfriados, doenças e outros distúrbios ocasionados por um sistema imunológico deficiente;
- Ser benéfico para a saúde cardiovascular, ajudando a reduzir os riscos de doenças cardíacas, controlar a pressão arterial e equilibrar as taxas de colesterol e açúcar;
- Atuar diretamente no sistema digestivo, promovendo sensação de saciedade e auxiliando a digestão e o bom funcionamento do intestino;
- Apresentar efeito diurético e detox, facilitando a eliminação de toxinas e metais pesados, desintoxicando o organismo;
- Influenciar a saúde das unhas, cabelos e ocular, colaborando para a proteção da visão e dos olhos contra doenças, como catarata e glaucoma, degenerações, e outras enfermidades;
- Retardar a oxidação das células, prevenindo o envelhecimento precoce do organismo e contribuindo para uma pele mais saudável;
- Fornecer energia, proporcionando mais disposição no dia a dia e para atividades físicas, e oferecer uma sensação calmante e de bem-estar.