Pesquisa da UFSC avalia capacidade da cereja-do-mato de combater tumores; conheça os benefícios
Os extratos da planta Eugenia involucrata, considerada nativa da Mata Atlântica no Sul do Brasil, especialmente abundante em Santa Catarina, foram aplicados em células de câncer de pâncreas, e os resultados foram promissores segundo os especialistas.
Um estudo de possíveis ações do extrato da planta Eugenia involucrata, considerada nativa da Mata Atlântica no Sul do Brasil, especialmente abundante em várias cidades catarinenses, apresentou resultados promissores no combate ao câncer no pâncreas, que é conhecido por sua extrema agressividade.
A pesquisa, que envolve um grupo interdisciplinar do campus de Curitibanos, no Oeste catarinense, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é recente. O projeto para investigar a cereja-do-mato ou cereja-do-rio-grande, como também é conhecida, teve início há cerca de cinco anos e envolveu a avaliação da composição e das propriedades antioxidantes da fruta, folhas e sementes.
De acordo com os pesquisadores, o que chama mais atenção são os experimentos relacionados à capacidade antitumoral da cerejeira.
Segundo a professora do departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas Evelyn Winter, o estudo ainda está em fase inicial e passou por testes com culturas de células em laboratório. Ainda são necessários muitos testes para comprovar o potencial antitumoral da cerejeira-do-mato.
“A gente nunca deve basear uma decisão clínica apenas em um resultado in vitro [em culturas de células], porque tem muitas etapas ainda até chegar no in vivo [estudos em animais]”, enfatiza a professora.