O limão é o fruto do limoeiro, uma pequena árvore frutífera e muito produtiva. É de fato a fruta mais conhecida no mundo, utilizada há centenas de anos, com inúmeras propriedades. Confunde-se muitas vezes com a lima-ácida, conhecida como limão-tahiti e limão-galego (Citrus latifolia), mas que por questões práticas estão reunidas neste artigo com as devidas ressalvas. Os limoeiros não atingem mais de 6 metros de altura, são muito ramificados, de caule e ramos castanho-claros, recobertos de espinhos longos e pontiagudos, com copa aberta e arredondada. Suas folhas são elípticas a lanceoladas, verdes e coriáceas, dispostas alternadas. As inflorescências surgem em cachos e são compostas de flores axilares, alvas ou róseas, muito perfumadas e atrativas para as abelhas.
Os limões-verdadeiros são em geral amarelos, de formato oblongo com saliências nas extremidades e apresentam casca espessa. Já as limas-ácidas são frutas de formato arredondado, de casca fina, lisa ou rugosa, e coloração verde ou laranja. Ambas as frutas apresentam polpa translúcida, sabor ácido e aplicações semelhantes, tanto na culinária como na medicina. Os limões e as limas-ácidas são frutas ricas em vitamina C, utilizadas desde as grandes navegações para combater e prevenir o escorbuto. Seu sumo tem ampla utilização na culinária, no tempero de frutos do mar, aves e suínos, além de servir para o preparo de sucos, refrigerantes, doces e drinques, entre estes a popular caipirinha. Da casca extraem-se essências aromáticas usadas na indústria de perfumes, farmacêutica, de produtos de limpeza e higiene pessoal e no preparo de licores.
Os limoeiros são árvores rústicas, indispensáveis em pomares domésticos, encaixando-se mesmo em pequenos espaços, envasados. Devem ser cultivados sob sol pleno em solo fértil, bem drenável, profundo, calado e enriquecido com matéria orgânica, irrigado a intervalos regulares. Os limões-verdadeiros são mais adaptados a climas temperados e subtropicais, enquanto que as limas-ácidas preferem climas tropicais a equatoriais para o seu desenvolvimento. Multiplicam-se por sementes, estaquia, mas principalmente por enxertia.
Planta medicinal
Indicações: infecções, febres, problemas respiratórios, escorbuto (carência de vitamina C), aterosclerose, alterações do fígado e biliares, afecções da pele
Propriedades medicinais: antibiótica, adstringente, antiescorbútica, antiespasmódica, antiinflamatória, anti-séptica, antitérmica, clareador da pele, depurativa, diaforética, diurético, expectorante, refrescante, sedativa, sudorífera, vermífuga
Partes utilizadas: folhas, frutos